Não faz bem para a fé entrar em uma livraria e ver o livro “Deus - um delírio” de Richard Dawkins (pro-ateísta), entre os mais vendidos. Não faz bem para a fé ver um garoto de 18 anos trabalhando para o tráfico de drogas, principalmente pelo fato dele ter sido meu amigo que discipulava.
Não faz bem para a fé ler um relatório da ONU dizendo que a cada cinco segundos uma pessoa morre de fome no mundo, enquanto reclamo da pouca quantidade de catchup no meu bigmac. Não me faz bem porque questionar a fé é como discutir relação, bate uma vontade danada de deixar tudo como está e continuar empurrando com a barriga, porém, ocorre que estas experiências, citadas acima, fazem de minha fé pessoal um simples passatempo de domingo.
Foi neste clima que uma frase subversiva me veio à tona como um slogan de campanha, em letras garrafais: CHEGA DE JESUS! Isso mesmo, chega de pronuciar este nome como um mantra sagrado capaz de transformar o mundo simplesmente pelo fato de ser verbalizado.
Neste ano pretendo comemorar o nascimento e vinda do Grande Mensageiro, do Grande Portador da mensagem, do texto, da idéia que pode tranformar a mente e renovar a vida daqueles que com ela tiverem contato. Uma fé na palavra e de palavra, experimentada linha-a-linha, na leitura e interpretação do texto.
Vislumbro a transformação se todos os milhões de cristãos espalhados pelo planeta, deixassem de mantralizar o nome de Cristo e se debruçassem em cima de seus ensinamentos de humildade, amor, mansidão, domínio-próprio, compreensão, carinho, honestidade, sinceridade, paz e tudo mais contido nas linhas das milhares de Bíblias empoeiradas, traduzidas em centenas de idiomas, pelas prateleiras e gavetas de famílias cristãs em todo mundo.
Faz bem para a fé crer e comemorar o aniversário do VERBO, pois o VERBO, o TEXTO, a MENSAGEM se fez carne e habitou entre nós, repleto de vírgulas, adjetivos e VERDADE.
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