MINHA CRENÇA

Creio que a Bíblia é a palavra inspirada de Deus e a autoridade máxima, revelando que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Creio que o Homem é criado à imagem de Deus, para uma vida eterna através de Cristo. Embora todos os homens tenham pecado e careçam da glória de Deus, estando totalmente perdidos sem Cristo, Deus faz a salvação possível através da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Creio que arrependimento, fé, amor e obediência são respostas necessárias e adequadas à graça de Deus estendida a nós, e que Deus deseja que todos os homens sejam salvos e venham a ter conhecimento da Verdade. Creio que o poder do Espírito Santo é demonstrado em nós e através de nós para o cumprimento do último mandamento de Cristo: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15).

Curso de Teologia

Meus relacionamentos e Cristo




Não há nenhum motivo para amar a não ser porque Cristo nos amou. Ninguém pode ousar falar de amor sem passar pela cruz de Jesus. Se acaso, quisermos encontrar qualquer outro motivo para amar alguém, seja satisfação, prazer, beleza, segurança, ou qualquer outra coisa que não seja espelho do que Cristo fez por todos, fazemos do amor simplesmente um parque de diversões.

O amor não é uma recreação sentimental. O amor não é um produto comprado.

Eu sei, você vai me dizer que eu não conheço e nem convivo com as pessoas que você é obrigado a conviver, você vai me dizer que se eu soubesse o quanto seu pai é turrão, o quanto seu marido é complicado, o quanto seu namorado te maltrata, o quanto seu irmão é maldoso, quanto sua sogra é mandona, eu entenderia sua situação. Pois é, a novidade para você é que por causa de Jesus a gente não tem outra opção a não ser constranger as pessoas pelo amor DEle demonstrado.



Talvez você olhe para as dificuldades de relacionamento e veja somente problemas sem solução. Talvez ainda lhe falte a revelação de que Cristo é a maior expressão de amor que já existiu no universo e que você também é parte desse amor, sendo agente dele, carregando consigo por toda parte as marcas do amor de Cristo. Talvez você tenha perdido de vista a dimensão da cruz, e tenha entrado em um relacionamento sem notar que você é a expressão de Cristo para o outro. Talvez esteja perdido porque se entregou a um amor-próprio equivocado, fruto de um orgulho inquebrável. Talvez você tenha escolhido seguir com Cristo, mas deixou claro a Ele: “Bem, quero ter todos os benefícios de andar com o Senhor, mas deixa que dos meus relacionamentos eu mesmo cuido!”. Talvez você tenha medo de confessar que seu amor, no fundo, no fundo, é mais motivado por querer ser amado do que por querer distribuir amor. Talvez esteja indo para a cruz sem saber o que é a cruz.

Imagine que no momento da crucificação de Jesus, você era uma das pessoas que estava passando por ali, observando ao redor e tudo que conseguiu ver foi a cena de um homem sendo condenado por um crime, ou seja, apenas mais um dizendo ser o tal Messias que ia salvar o povo de Deus como tantos outros que foram punidos, ou então, você poderia ficar curioso diante de tal brutalidade que ali presenciada e isso despertaria um querer saber mais do motivo que levou aquele homem mesmo naquelas condições a suportar tal escárnio. Então, é desse olhar que estamos falando aqui.

Pare e pense.

Quem olha para o evento da Cruz não vê o amor sendo revelado, mas, se depara apenas com a dor e o sofrimento, mas quando no terceiro dia, é tomado pela ressurreição, de repente se dá de cara com a maior expressão de amor que já existiu.

Creio que amar e conviver pode se tornar uma experiência realmente cristocêntrica quando temos o modelo de Cristo como passo inicial para todas as atitudes. Repare que amar conforme Cristo não é a mesma coisa que amar conforme a igreja ensina a amar, como o pastor diz ser o melhor, como os cursos e livros dizem ser melhores.

Sobretudo, o espírito da cruz com seu efeito de reconciliação contínuo deve estar presente em todos os nossos relacionamentos.

Relacionar-se é, principalmente, reconciliar-se a cada dia. Agora, se no meio de nossos relacionamentos, quisermos ter apenas privilégios, glórias, razões e certezas, precisamos confessar que temos “amado” de uma maneira que não combina com a Cruz do nosso Senhor Jesus Cristo.

Pai de filhos mimados

 


“Suportem as dificuldades, recebendo-as como disciplina; Deus os trata como filhos. Ora, qual o filho que não é disciplinado por seu pai?” (Hebreus 12.7). “Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem.”(Salmos 103.13).

​Na bíblia existem algumas analogias para descrever o relacionamento entre Deus e a humanidade, são elas: Pai e filho, noivo e noiva, pastor e ovelha, dentre outras. Essa é uma maneira do homem ter uma pequena compreensão, dentro de sua visão limitada de como Deus se relaciona com ele. Olhando sempre sob a perspectiva de que o amor de Deus não se compara ao amor de um pai, mas o amor do pai que é comparado ao amor de Deus. Deus é perfeito e é o próprio amor, o homem por sua vez é imperfeito e reflete o amor que lhe foi dado.

​Mas há ainda outra analogia mais peculiar de relacionamento entre Deus e os homens, que é o de Super Protetor, (essa eu não encontrei na bíblia, apenas nas minhas observações), esse deus é um pai sempre disposto a atender os caprichos de seus filhos mimados, que exigem, declaram e reivindicam aquilo que entendem que é seu por direito. São os chamados “filhos da promessa” que não aceitam passar por nenhum problema ou humilhação porque se acham melhores que o restante da humanidade e acima das leis naturais que regem o planeta.

São aqueles filhos mimados de Deus que não aprenderam a perdoar porque aguardam ansiosamente pelo dia da vingança de Deus sobre seus inimigos, que não aprendem a ter paciência, pois entendem que o momento da sua vitória é agora, também não aprendem a tomar decisões porque acreditam que Deus lhes desenhará a solução diante de seus olhos. Não aprendem a perder porque são mais que vencedores.

São aqueles filhos de Deus que não aceitam um não e acham que se ainda não deu certo o que tanto queriam é porque não oraram, ou melhor não reivindicaram o suficiente, querem seus desejos atendidos a qualquer custo e pouco importa o que Deus acha a respeito, afinal, “tudo que pedirem em meu nome eu farei”. Que visão mais confusa a respeito de Deus!!!
Seria mesmo Deus um pai super protetor que negaria a seus filhos a oportunidade de crescer em meio às dificuldades da vida e tirando a responsabilidade deles por seus próprios erros? Acho que não.

Deus é um pai sim, não um pai mesquinho que tem prazer em punir seus filhos, mas também não é um pai inconseqüente que satisfaz os desejos mais egoístas dos seus como forma de agradá-los ou protegê-los.

Sei que pode parecer jargão, mas é a mais pura verdade: Deus não remove as dificuldades da sua vida, mas sem dúvida Ele está presente te ajudando a passar por cada uma delas. Enfrentar os problemas que nos sobrevem com a coragem e a certeza de que não estamos sozinhos, nos faz amadurecer enquanto pessoas, a medida da semelhança de Cristo. Isso molda o nosso caráter.

Remover os problemas, como as vezes gostaríamos, nos transformaria em pessoas frágeis com pouca vivencia e até incapazes de compreender as dificuldades dos outros e nos compadecer deles. Pior ainda, poderíamos cair no erro da superioridade, achando-nos mais especiais ou mais queridos que os demais, alegando que a “marca da promessa” garante que nossos desejos sejam atendidos, aí ao invés de nos tornarmos maduros e semelhantes a Cristo, estaríamos nos tornando crianças mimadas e incapazes de sofrer uma rejeição, nos jogando no chão, fazendo birra e berrando até sermos atendidos.

Um pai amoroso sabe exatamente o momento de intervir para proteger seu filho e quando recuar para não superprotegê-lo.

Assim é Deus, e Ele sabe muito bem a diferença entre necessidade e capricho, Ele prometeu suprir nossas necessidades e não nossos mimos.

Mas será que Deus não pode simplesmente afastar a doença, o problema, a crise financeira ou qualquer outra coisa que esteja no meu caminho? Claro que Ele pode, Ele é Deus e faz o que quiser e sei que há momentos em que Ele bem fará isso mesmo, mas em outros, e sei que na grande maioria deles, ao invés de afastar o problema, Ele se aproxima de nós, e não é preciso decretar, exigir ou reivindicar que Deus é conosco, porque Ele não se aproxima pelo poder de nossa palavra, mas pelo amor que tem a você e a mim.

Deus não age do jeito e nem pelos motivos que queremos. Ele é grande demais para se moldar a nossa forma, não segue um padrão de “faça isso que acontecerá aquilo” ou melhor, Ele segue o Seu próprio padrão, mas o que importa realmente é que Ele é Pai e que nos ama em todo tempo, e mesmo não atendendo aos nossos caprichos, não nos desampara.

A ARCA DA GANÂNCIA



A ARCA DA GANÂNCIA

Após a conclusão do Templo de Salomão (que deveria ser chamado Templo de Mamon), surge mais um objeto espantoso: uma réplica revestida de ouro da Arca da Aliança. O objeto era o mais sagrado do antigo templo de Israel, representava a presença de Deus na Velha Aliança. Com a primeira destruição do templo no século 6 a.C., a arca se perdeu, talvez tenha sido levada para Babilônia e derretida. Só o Indiana Jones no cinema conseguiu encontrá-la.

No meu post anterior sobre o templo que teve milhares de compartilhamentos (muito mais do que eu esperava) também recebi algumas críticas. As principais foram: inveja e escândalo para os incrédulos. O velho argumento do “pare de criticar e vá trabalhar” também foi evocado. Sobre “inveja" não vou perder tempo respondendo. Sobre “escândalo”, creio que a acusação está invertida. Não sou eu quem está escandalizando os incrédulos. Segundo a Escritura, os desvios do verdadeiro Evangelho é que são “escândalos”. Além do mais, o mundo precisa saber que há muitos cristãos que não concordam com essas loucuras e megalomanias do Macedo e similares. Sobre “pare de criticar e vá trabalhar”, penso que uma coisa não elimina a outra. Devemos trabalhar, pregar o Evangelho, mas, ao mesmo tempo, temos a responsabilidade bíblica de apontar os desvios que deturpam e envergonham o verdadeiro Evangelho (Gal 1.6-9, Col 3.8, 16-19, 1Tm 4.1-2, 2Tm 4.-5, 2Ped 2.1-3).

Fica cada vez mais explícita a intenção mercadológica de todos esses empreendimentos. Num video que circula na internet, o Macedo chamou os empresários que haviam dado dinheiro para a obra à frente e lhes disse: “agora, Deus fica na obrigação de abençoar você, é uma troca”. (
https://www.youtube.com/watch?v=U7_pWt1Z_QU).

Se chamei o templo do Macedo de “aberração”, preciso chamar essa arca de “abominação” (Is 44.19). Sim, pois trata-se de um objeto da mais pura e terrível idolatria. As pessoas simples, sem discernimento, olharão para esse objeto pensando que encontrarão ali o seu milagre. Mais uma vez, o grande problema é justamente abandonar o verdadeiro Cristo por objetos feitos por mãos. Deixar de lado a pura e límpida mensagem da Cruz, poderosa para salvar todos os arrependidos, por uma mensagem poluída, gananciosa, que torna os seguidores nada mais do que avarentos em busca de bens materiais.

E nesse caso, há um curioso fator adicional: Em Jeremias 3.16, a Escritura diz: "Sucederá que, quando vos multiplicardes e vos tornardes fecundos na terra, então, diz o SENHOR, nunca mais se exclamará: A arca da Aliança do SENHOR! Ela não lhes virá à mente, não se lembrarão dela nem dela sentirão falta; e não se fará outra”. O Edir Macedo fez.




 

Porque os cristãos teem sido tão diferente de Cristo?

 





Embora seja para todos, esse negócio de ser cristão de fato não é para qualquer um. O Filho do Homem veio a terra e tornou-se um rabino com ensinos idealistas, difíceis e provocadores. Talvez seja por isso que tantos anos mais tarde, um sem número de pessoas dizem terem sido encontradas por Ele, mas ao invés de seguir seus passos, contentam-se em fazer uma “oração de entrega”, participar semanalmente de cultos e cumprir outras obrigações de uma religião chamada cristã. O Cristo da Bíblia comportava-se de maneira diferente. Ele não era pastor de gabinete, não tinha onde reclinar a cabeça, sua experiência cristã era na vida, dia a dia, pelas ruas, abraçando e servindo pessoas, demonstrando o amor furioso de seu pai. Bem diferente de nós. Procurei escrever algumas outras coisas em que somos bem diferentes Dele. Elenquei somente quatro para a depressão ser menor. Que reflitamos e sejamos, de fato, discípulos Dele!



1. Pregando sobre a eternidade

Imagine-se saindo da igreja após uma abençoada celebração de domingo à noite. Em frente ao prédio, você e seus amigos/irmãos trocam algumas palavras. Eis que surge um jovem, mais ou menos da sua idade. Aproxima-se e dirigindo-se ao grupo pergunta “o que eu faço para ir ao céu?”. Essa é típica pergunta que você e seus amigos brigariam para ver quem iria responder primeiro. Hora de lembrar-se das 4 leis espirituais ou qualquer outro método de evangelização e explicar tudo nos mínimos detalhes, obviamente, convidando o jovem a repetir uma oração convidando Jesus para morar em seu coração.

Jesus faz diferente. Ao ser perguntado sobre a maneira de obter a vida eterna, o Mestre direciona o inquiridor para o próximo. “Não mate ninguém, não traia ninguém, não roube ninguém, não minta a ninguém, respeite seus pais…e se isso você já tem feito, venda tudo o que você tem e dê a quem não tem nada.” É mais ou menos assim que Jesus responde essa questão. Ele ensina que a salvação não vem por ações (crer e receber são verbos = ações), mas pelo amor, graça e misericórdia de Deus, no entanto ele ensina que poderíamos experimentar aqui e agora um pouco do que é a vida eterna ali e além no reino de Deus ao colocarmos o nosso próximo em lugar superior ao nosso.

2. Fazendo orações

É engraçado como o nosso velho e gente fina Rabi gostava de orar. Ele não ensinou muito sobre oração, mas em compensação, investiu muito tempo nessa prática. Mas ele orava de um jeito diferente, sem formalidade e sem mimimi. O jeito de ele orar era tão impressionante que seus discípulos queriam aprender a fazer como ele fazia.

O que mais me chama a atenção no jeito de Jesus orar, entre muitas outras coisas, é o fato dele raramente orar por si mesmo. Neste momento, você pode correr até a estante, desempoeirar e abrir a sua Bíblia e ler todas as orações feitas por ele. Há de reparar que nosso Mestre praticamente só orava pelos outros. Eu ousaria afirmar que a única vez em que Jesus orou por si, não foi atendido, ao rogar “se possível, afasta de mim este cálice”. No entanto, temendo as pedradas dos radicais e para tranquilizar meus amigos que temem que eu perca a fé, dou um passo atrás para dizer que nesse episódio Jesus foi sim atendido, pois concluiu a oração dizendo “mas que seja feita a Tua vontade e não a minha”. O que fica de tudo isso é que se nos dizemos discípulos Dele, temos que aprender a orar mais pelo próximo do que por nós, afinal, a nossa vida é assim tão preciosa para que nós mesmos fiquemos a importunar Deus por isso? Uma boa oração para fazer todos os dias é a clássica “Livra-me de mim Senhor!”

3. Lidando com autoridades religiosas

Quem é o seu guru gospel? A pergunta está correta sim, quem é que você consulta para tirar dúvidas sobre a vida cristã? Você é da turma reformada que venera Augustus Nicodemus, John Piper, Paul Washer e cia? Ou você é da turma da missiologia integral e tira o chapéu para o Ari Ramos, Kivitz, Paulo Cappelletti e sua turma? Ou será que você ainda é da turminha que curte mesmo o Pr. Lucinho, Valadão Family´s, Thalles Roberto e etc? Meus pêsames se você é dessa última turma, mas tá valendo para o exemplo.

O fato é que Jesus tinha um jeito diferente de lidar com os grandes mestres da sua época. Você se lembra de Nicodemos (o de João 3, não o dos nossos dias)? Sem papas na língua Jesus diz a ele que tudo bem se ele é o bam-bam-bam da turminha das igrejas, mas para Jesus ele era apenas mais um homem que precisava ser convertido. Isso sem contar as “doces” palavras que Jesus gritou para os mestres da lei em Mateus 23. Fosse em nossos dias talvez responderíamos a Ele dizendo “não julgue, ore por eles!” E ainda nos intitulamos discípulos de Cristo. Doce ilusão.

4. Escolhendo as amizades

Escolher bem as amizades é fundamental e você já deve ter escutado isso de diversas maneiras. E assim procedemos, gostamos de caminhar ao lado de quem temos mais afinidade, de gente de boa fama, boa família e, normalmente com a mesma confissão religiosa que a nossa. Existem também algumas pessoas que já não fazem amizades, mas sim contatos, formando assim um “networking”, que pode ajudar em um âmbito profissional. O mundo dos negócios é simplesmente patético.

O provocador Jesus também cultiva amizades de modo distinto. Ele começa escolhendo praticamente doze peões para serem seus aliados mais próximos. Um péssimo networking! Depois, ele janta com estelionatários, bebe ao lado de agiotas, defende prostitutas, acaricia leprosos, abraça inimigos do povo, puxa conversa com mulheres promíscuas. Ele ensina que devemos olhar para dentro das pessoas, independente de sua reputação social. Mais do que isso, ele ensina que nossa missão enquanto participantes do reino de Deus é justamente o de ser instrumento no resgate de pessoas que estão no reino das trevas a fim de trazê-las para o reino da luz! Simples assim. Quem quer seguir a Jesus deve ter em mente que Ele mesmo andou ao lado dos “piores” pecadores de sua época, sem nunca pecar e nem ser influenciado por eles.