MINHA CRENÇA

Creio que a Bíblia é a palavra inspirada de Deus e a autoridade máxima, revelando que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Creio que o Homem é criado à imagem de Deus, para uma vida eterna através de Cristo. Embora todos os homens tenham pecado e careçam da glória de Deus, estando totalmente perdidos sem Cristo, Deus faz a salvação possível através da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Creio que arrependimento, fé, amor e obediência são respostas necessárias e adequadas à graça de Deus estendida a nós, e que Deus deseja que todos os homens sejam salvos e venham a ter conhecimento da Verdade. Creio que o poder do Espírito Santo é demonstrado em nós e através de nós para o cumprimento do último mandamento de Cristo: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15).

Curso de Teologia

GRATIDÃO AO SENHOR PELO ANO QUE PASSOU!

Sentir gratidão é um ato de sentir fé por Deus. Vivendo com gratidão vamos aprendendo a procurar pelo mistério de Deus em tudo e em tudo agradecer a Deus, porque tudo segue um plano de Deus. Vamos compreendendo o ritmo de Deus e nos sintonizando com Sua vontade.




Adoração!

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.  João 4:23



Solitários, carentes e infelizes


Existe um tipo de aranha, chamada viúva negra (foto ao lado), que tem um comportamento bem peculiar: de tamanho mais avantajado que o dos machos de sua espécie, ela depende deles para se reproduzir. Por isso, aceita a corte do macho, estende a ele sua sedução e topa ter um relacionamento. Mas basta o macho ter terminado de fecundá-la que a viúva negra o agarra e o devora lentamente, com ele ainda vivo, deixando apenas uma casca vazia e retorcida. Isso mesmo. Aquele que foi tão importante em certo momento de sua vida simplesmente se torna seu jantar. Imagino os olhinhos esbugalhados do surpreso e assustado aranha-macho ao ver aquela de quem ele tanto precisava, que tanto quis, que afinal acreditou ter vindo para resgatá-lo de uma vida de tristeza… ser sua ruína final.


Pois em nossa vida existe uma viúva negra que age de modo muito semelhante. Seu nome é solidão (ou, em outros dialetos, carência afetiva). Fato é que tenho visto tantos e tantos cristãos solitários e carentes! Tão desesperados por preencher com alguém as lacunas que existem em suas almas que acabam cometendo grandes erros, equívocos dos quais vão se arrepender pelo resto de suas vidas – exatamente como o aracnídeo macho.
O processo é relativamente semelhante na maioria dos casos. Começa com a pessoa sentindo-se solitária, carente, incapaz de viver uma vida que tenha sentido se nao houver alguém que preencha as lacunas que há em sua alma. A pessoa não se basta a si mesma. Precisa de outro. “Não sei viver só”, diz. A falta de um ente amado lhe é tão ensurdecedora que, na ausência de um amor verdadeiro, acaba convidando para habitar em sua vida afetiva alguma pessoa por quem nutre algum tipo de sentimento benigno, seja uma amizade, um carinho, até mesmo atração física. Mas que não é AMOR. Eis o início do erro fatal.


A corte se inicia. Os dois se aproximam. A pessoa vê naquele outro a oportunidade de completar suas lacunas, seu vazio, sua solidão, sua carência. Até mesmo enxerga nele a possibilidade de ser o pai (ou a mãe) dos filhos que sonha ter. E o convida para entrar. Então, motivada não pelo amor que “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”, mas por um vazio de solidão e carência, começa um namoro. É até gostoso, no início. O outro te diz palavras bonitas, exalta suas qualidades, diz que seus defeitos não importam, te chama de apelidos carinhosos, faz você se sentir querido, acolhido, abraçado, acompanhado. De repente, a sensação de vazio some, o outro te faz companhia, serenatas, te chama de “meu amor”, preenche os espaços da sua carência.
Mas o tempo, ah, o tempo…esse é implacável. Ele passa. E a sociedade tem suas exigências! Ela cobra. Aquele que está ali ocupando uma carência e tampando as rachaduras da solidão não pode ficar assim para sempre e, mais cedo ou mais tarde, terá de ser guindado ao posto de noivo – e, em breve, ao de marido (ou esposa). E, num dia qualquer, como um inseto que foi se enroscando numa teia até não conseguir mais sair dela, você vai acordar e descobrir que dorme ao seu lado, de aliança no dedo, alguém que foi trazido a sua vida por um tempo para ser reboco de lacunas vazias, mas só que agora ele não é mais isso: é seu cônjuge pa-ra-o-res-to-da-vi-da. Alguém com quem você terá de dormir todas as noites, entregar a ele seu corpo e sua intimidade, devotar-se completamente, dividir as fotos de viagem, ver TV abraçado sob o edredom, andar de mãos dadas, conversar sobre os pensamentos profundos que ele tiver na cabeça, dar beijos longos e ardorosos. Estar junto na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias de sua vida, até que a morte os separe. Ali estará o pai (ou a mãe) de teus filhos – que terão a cara dele (ou dela).


O dia chegará


Mas um dia (e esse dia chegará, meu amigo, minha amiga, já vi isso incontáveis vezes, em especial entre evangélicos), deitada no travesseiro da sua teia, você vai se virar para o lado e deixar lágrimas escorrerem. Pois vai descobrir que aquele alguém muito legal que serviu para aplacar a sua solidão num certo momento da vida… não dá sentido humano a ela. Simplesmente é incapaz de cumprir o papel de compleitude, pois o papel dele era provisório, tinha prazo de validade, funcionava por um tempo – e o que você acha que ele faria pelo resto de seus dias ele é incapaz de fazer:ser AMOR.


Para ser honesto e cruel, falando friamente não haveria razão lógica ou emocional para ele continuar ali. Mas você é um bom cristão, então divórcio está fora de cogitação. Fica então um oco. E para sua surpresa (hoje você não sabe disso, mas descobrirá) nem mesmo os filhos que ele te deu preenchem esse vácuo, pois o tipo de amor paterno/materno é absurdamente diferente do amor que precisamos dar e receber de um homem/uma mulher. Vocé percebe que há um enorme rasgo e um incomensurável vazio em suas entranhas. Elas foram devoradas e você nem percebeu. Você quis matar a solidão e de repente se vê imerso numa indissolúvel solidão a dois. Sim, Cazuza acertou nessa: solidão a dois existe. E muito. E nossas igrejas estão abarrotadas delas.
Isso é um fenômeno muito comum entre cristãos de diferentes faixas etárias. Somos adestrados a casar. Achamos que é no outro que encontraremos nossa felicidade, nossa compleitude. E, meu irmão, minha irmã… estamos errados. Pois se o que buscamos é fugir da solidão, qualquer coisa ou pessoa que acabe com nossa solidão serve. Se o objetivo é suprir carência, qualquer um que nos chame de “meu amor” recebe o nosso sim. Ou mesmo um filho que venha pelo meio do caminho achamos que suprirá nossa carência ou aplacará nossa solidão. Mas você, que é veterano e a essa altura já criou os filhos, percebe que eles foram embora cuidar de suas vidas, curtir seus amigos, viver seus amores, ter seus próprios filhos. E o que restou a você no ninho vazio foi aquela pessoa legal a quem tem que chamar todos os dias de “meu amor” e dormir ao seu lado na cama. Abraçado, se ainda sobrar algum sentimento nobre que te obrigue a fingir que ele é seu grande amor. Mas não é isso. Não é isso! Não é isso o que nos fará feliz, não é isso o que Deus deseja nem o que Ele planejou para os seus.


Ossos e carne


Deus criou homem e mulher para se completarem. Para serem, como diz Gn 2.23, “osso dos meus ossos e carne da minha carne”. Para não conseguirem viver um sem o outro. Se arrancarem os seus ossos veja se consegue seguir vivendo sem eles. Arranque-se sua carne e veja quanto tempo dura sem desfalecer. Deus criou homem e mulher que se unem em casamento para viverem como um e morrerem como um. Casamento é uma coisa muito séria.


Aliás, amor é uma coisa muito séria. Não é brincadeira. Não é coisinha de poeta. E muitos de nós, especialmente nas igrejas, temos vivido nossos amores como uma grande equação matemática. Algo frio: preciso casar, é o que esperam de mim, não sei viver só, é o que todos fazem, então pronto: subo ao cadafalso do altar, me entrego ao carrasco do pastor e deixo que me executem. Mas, querido, querida, amor é razão, mas também é emoção e ação. Amor é um milagre. Amor é uma força que derrubou impérios, motivou guerras, gerou as maiores obras de arte da história da humanidade. No amor há livros, no amor há pintura, há escultura, há beleza e lágrimas. O amor é tão fundamental que ele é a essência do Deus que é amor. Como tratar isso apenas matematicamente? Racionalmente? Tratar o amor somente pela lógica seria ilógico.
Existe amor verdadeiro. Existe amor que dura para sempre. É ou não é o que a Biblia diz em 1 Co 13.8: “O amor jamais acaba”? Existe um amor, além do de Cristo, que dá razão a um relacionamento. A uma vida. E esse amor não será jamais ocupado por rolhas postas para vedar lacunas de solidão e carência: só será preenchido por alguém que faça sua vida brilhar. Que faça sua vida ser.


A notícia não muito agradável é que pode demorar anos para você encontrar esse amor. Pode demorar muito tempo para chegar a pessoa que preencherá não só suas lacunas, mas que se fundirá 100% à sua alma. E esse é o problema. Não queremos esperar. Não suportamos a pressão. Não suportamos a carência. Seu peso nos esmaga. Ela é mais forte do que nós. A viúva negra tem um tamanho bem maior que o do macho. E muitos se sentem impotentes diante dela. Por isso, sucumbem. E, mais à frente, terão suas entranhas devoradas. Mas… naquele momento… Ah, que importa? A viúva negra lhe chama de “meu amor”, acaricia seu ego e seus cabelos, faz a solidão desaparecer. Lhe faz companhia. Manda flores. Ela te seduz, te atrai, te enreda em sua teia.

Mas a viúva negra traz morte.


Meu irmão, minha irmã. Eu e você vivemos numa sociedade que nos empurra para a teia. Mas não importa quanto tempo demore para que você encontre o amor. Na verdade, isso é o que menos importa, em se tratando de amor. Veja o exemplo de Jacó, que sabia exatamente quem queria e esperou o tempo que fosse: “Jacó trabalhou sete anos por Raquel, mas lhe pareceram poucos dias, pelo tanto que a amava” (Gn 29.20). Isso é amor. Isso é verdade. Isso é tudo. Não troque o ouro puro do amor verdadeiro, aquele que em termos humanos dará sentido a tudo o que você viverá até chegar ao seu leito de morte, pelo latão enferrujado de uma solidão suprida. Pela pobreza de uma carência afetiva aparentemente resolvida. Por um nada travestido de alguma coisa.
Se estiver em dúvida, pergunte ao macho da viúva negra, de olhos esbugalhados e entranhas devoradas, se valeu a pena entrar naquela relação apenas para suprir sua solidão e sua carência. Lembre-se que o macho da viúva negra chegou à teia dela com um vazio na alma e com tristeza no coração. Mas inteiro. E, depois que aquela relação se consumou, tudo o que sobrou dele foi uma casca vazia, do que um dia foi alguém carente sim, mas cheio de possibilidades e de potencial para viver um grande amor. De viver uma VIDA. Nunca abra mão disso. Nunca. Ou você estará se condenando voluntariamente à morte. A propósito, os filhos daquela relação entre a viúva negra e o macho seguiram seus rumos, foram viver suas vidas. A viúva negra também foi em frente, feliz que só. O macho? Acabou a vida oco, seco, triste e morto.






Fonte: Blog Apenas

Jesus X Igreja: tornei-me cristão quando saí da igreja


Esta semana vi no twitter de alguém um link para a tabela que está aqui ao lado. Ela sintetiza um discurso que nos últimos anos se tornou moda entre grande parcela dos cristãos brasileiros: o grupo que passou a satanizar a igreja institucional. Segundo esse segmento, a igreja (com letra minúscula) é o grande mal do universo. Não mais as obras da carne, o pecado, o mundo, o diabo, nada disso. A maligna, satânica e perversa igreja organizada é o vilão da hora. O lema desse grupo poderia ser resumido a “tornei-me cristão quando saí da igreja”. Legiões têm abraçado esse discurso e passado adiante essa ideologia, em geral em redes de relacionamento, blogs e sites da internet. Analisei esse quadro e gostaria de tecer comentários a respeito (em breve abordarei em detalhes aqui no APENAS os pontos apresentados nesse quadro, mas por ora me atrevo a fazer uma consideração geral).
Antes de mais nada, é importante dizer que amo Jesus. Fui chamado pela graça, resgatado sem merecer e justificado exclusivamente pelo sangue do Cordeiro, sem mérito ou obra que me valesse. Por isso, busco Jesus de Nazaré. Sou grato a Ele. Preciso dele a cada passo, contando com sua misericórdia para me perdoar diariamente de minha multidão de pecados. Sei que só em sua pessoa, na seiva que corre na videira verdadeira, posso obter a vida – e por isso mesmo meu interesse é encontrá-lo onde Ele estiver. Ao mesmo tempo estou ciente dos absurdos que acontecem em muitas igrejas. Teologia da Prosperidade, igrejas onde se oprimem membros com usos e costumes humanos, congregações de fachada para o exercício de poder humano, legalismos vazios, cultos sem espiritualidade, politização e capitalização da fé… enfim, todos os descalabros que estamos acostumadíssimos a ver em diversos rincões por aí.
Por isso compreendo que, juntando-se o amor por Jesus à percepção desses absurdos no seio da chamada igreja evangélica, é natural que muitos decidam apedrejar o conceito de “igreja” para defender a causa de Cristo. Afinal, é a saída mais rápida e fácil. É a solução do médico que, para curar uma unha encravada, decide amputar a perna. Sim, isso é exatamente o que vem acontecendo: bons cristãos, ansiosos por uma vida profunda em Jesus, se revoltam contra o tanto de abuso e opressão que enxergam em determinadas igrejas e denominações que saem atacando o conceito – em vez de atacar os problemas.
O principal erro no discurso dos que demonizam a igreja institucional é o generalismo. A tabela acima estaria perfeita se viesse a se referir a determinadas congregações e denominações. Ela seria verídica se dissesse “igreja x” ou “igreja y”. Mas anatemizar o universo de todas as igrejas organizadas por causa dos maus exemplos é de uma irresponsabilidade, ignorância e superficialidade dignas de nota. Jesus é um, então Ele pode ser tomado como medida de comparação. Mas “igreja” (novamente: com minúsculas) é um substantivo comum que designa tantos modelos diferentes de reuniões de cristãos que construir uma comparação apenas a partir desse termo já é um equívoco em si. De qual igreja estamos falando? Neopentecostal? Tradicional? Presbiteriana? Batista? Católica romana? Ortodoxa? A dos puritanos? A dos morávios? A de John Wesley? A de Agostinho? A das catacumbas? A monástica? A de Tomás à Kempis? Luterana? Calvinista? Anglicana? Episcopal? Congregacional? Pentecostal? As comunidades alternativas dos desigrejados? A da minha esquina? A do leitor? Qual?
E não é só isso. Dentro desse universo de expressões institucionais que chamamos de “igreja”, há cristãos sérios e também falsos cristãos, simultaneamente. Peguemos uma igreja organizada qualquer. Dentro dela você encontrará pessoas espirituais e pessoas carnais, interesseiras ou devotadas, pastores canalhas e pastores piedosos, homens de Deus e joio do diabo. Então, dentro desse universo pluralista, cheio de nuances, cores e tons, criar uma tabela ou um discurso generalizando o conceito “igreja” é tentar embutir o oceano num copo d’água. Fazer isso é julgar inocentes, chamar de opressores muitos homens que pregam a liberdade e a piedade, acusar os que Jesus não acusa. Logo, é em sua essência bastante anticristão.
Lembremos sempre da pergunta de Abraão a Deus em Gênesis 18: “Exterminarás o justo com o ímpio?”. Ao que o Senhor responde que se houver dez justos ao menos em Sodoma Ele não destruirá a cidade.
Quem critica desse modo generalista e irresponsável a “igreja institucional”, a exemplo do autor da tabela acima, está usando o mesmo raciocínio de “homem não presta”. Isso geralmente é dito por alguma mulher que foi magoada por um, dois ou no máximo três homens. Mas há cerca de 3,5 bilhões de homens no mundo! Então afirmar que “homem não presta” é um generalismo brutal e bem injusto. Do mesmo modo, dizer que a “igreja” é isso tudo o que a tabela e que o discurso anti-igreja institucional dizem é no mínimo brutalizante.
Além disso, é de uma ignorância histórica patente. Lógico que a igreja errou muito ao longo de sua trajetória, com os exemplos clássicos da inquisição, omissão na Alemanha nazista, papado carnal,  indulgências e outros desmandos mais. Ela é formada por homens, como alguém esperaria que ela não errasse? Errou do mesmo modo que errou a Igreja (com maiúscula) de Atos dos Apóstolos, que tinha em seu seio mentirosos e ladrões como Ananias e Safira, homens que se repreendiam na cara como Paulo e Pedro, discórdias como a de Paulo e Barnabé, entre muitas outras questões vistas nas epístolas e em Apocalipse (e não vejo ninguém demonizando a Igreja apostólica). Mas quem sataniza a igreja institucional ou ignora ou sofre de amnésia a respeito de tudo o que ela já fez e que ainda faz pelo Reino de Deus.
Pra começar, foi dentro de uma igreja institucional que Jesus me chamou à salvação. Só isso já me torna eternamente grato. E provavelmente você que me lê aqui também veio a conhecer Cristo numa igreja organizada. E possivelmente a maioria das pessoas que criticam a igreja! Esse tem sido ao longo de dois milênios o papel principal dessa igreja tão falha, tão pecadora e tão…humana. Humana assim como eu e você, que erramos todos os dias, pecamos sempre e ainda assim o Espírito Santo permanece habitando em nós e fazendo coisas boas por nosso intermédio – tesouro excelente em vasos de barro. Deus não nos fulmina por errarmos (senão eu, por exemplo, já seria cinza e pó há muito tempo), Ele nos chama ao arrependimento. Por que com a igreja organizada que comete deslizes seria diferente? Lembremos das palavras de Paulo em Rm 14.3: “Aquele que come de tudo não deve desprezar o que não come, e aquele que não come de tudo não deve condenar aquele que come, pois Deus o aceitou”. Condenaremos quem Deus aceitou? Como podemos ter a arrogância de pressupor que Deus rejeitou a igreja institucional como um todo?
Com todos os seus erros, a igreja conduziu milhões ao conhecimento de Cristo ao longo dos séculos, perpetuou as Escrituras, levou a mensagem da salvação aos cativos, empreendeu ações missionárias extremamente relevantes e ajudou a levar educação, saúde e apoio humanitário a multidões. Exatamente como faz hoje. Disso os críticos generalistas da igreja organizada aparentemente não se lembram (ou será que nunca estudaram História da Igreja? Ou será que não leem notícias da igreja pelo mundo?).
Conheço muitas igrejas institucionais, denominacionais, onde homens e mulheres de Deus buscam o Senhor de modo verdadeiro. Conheço muitos pastores piedosos e obedientes à Palavra. Conheço muitas, mas muitas pessoas que foram resgatadas do pecado, das drogas, do crime, da corrupção, do espancamento, da opressão familiar, de crises existenciais, da depressão e, principalmente, do inferno, por Cristo por intermédio das chamadas igrejas institucionais. Não posso, por isso, demonizá-las, pois estaria chamando de demoníaco aquilo que Deus torna sagrado ao utilizar como canal de bênção.
No capítulo 12 do evangelho segundo Mateus, os fariseus acusaram Jesus de expulsar demônios pelo poder de Belzebu (“Mas quando os fariseus ouviram isso, disseram: “É somente por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa demônios” – Mt 12.24). Ou seja: demonizaram o próprio Cristo. Hoje o mesmo está sendo feito com a igreja como um todo por tais críticos. Além disso, incorrem aqueles que acusam o conceito generalizado de “igreja” de agir contra Jesus o perigo de estar dividindo aquilo que Deus quer unir. Curioso é notar que no versículo seguinte, Mt 12.25, o texto bíblico nos diz: “Jesus, conhecendo os seus pensamentos [dos fariseus], disse-lhes: ‘Todo reino dividido contra si mesmo será arruinado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá”.  Será que no afã de purificar a casa – cheios de boas intenções – os críticos da igreja institucional não estão dividindo a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo? Será que ao generalizar que TODA igreja organizada é um câncer o Corpo não está ferindo a si mesmo?
Tenhamos responsabilidade. Precisamos lutar sempre pela purificação daquilo que está errado dentro da Igreja. Mas dizer que isso se faz pela aniquilação da igreja institucional é miopia espiritual e histórica, além de falta de amor. Combatamos o pecado. Oremos contra os falsos mestres. Preguemos contra as heresias. Desmascaremos as doutrinas de demônios. Denunciemos os líderes abusadores. Mas não generalizemos ao irrefletidamente acusar um organismo que ainda abriga milhares que não se curvaram a Baal de ser algo do mal. Pôr Jesus em oposição à igreja (com minúscula) é contrapor o Salvador à Igreja (com maiúscula) – que está presente aos milhões dentro dessas instituições imperfeitas. É jogar o Noivo contra a noiva. O Pastor contra as ovelhas. E não acredito que Deus fique muito feliz com isso.

Um chamado para a angústia

David Wilkerson foi um grande pastor. Acima de tudo porque pregava sem ter nada a perder e por isso o que saía de seus lábios no púlpito eram somente mensagens bíblicas e, muitas vezes, duras.



A menina mais cristã do mundo


Eu me emocionei ao ver esse video, pois vi nessa garotinha o comportamento que eu, você e todos os cristãos deveríamos ter: você leva uma mordida, uma patada, o que for, mas depois perdoa, ama, compreende, abraça, se dedica. Quem faz o contrário do que essa menina fez, ou seja, é contrariado e sai distribuindo agressões, patadas e ofensas não entendeu o que é verdadeiramente ser cristão. E está fadado a viver em amargura.
“Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus” (Mateus 18.3).

As 99 ovelhas.


Em Lucas 15, Jesus propõe uma parábola, que ficou conhecida como “A parábola da centésima ovelha”. Diz assim: “Então. lhes propôs Jesus esta parábola: Qual. dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E,indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.“.
Geralmente, o foco dessa parábola fica sobre a centésima  ovelha, aquela que se perdeu e o bom pastor foi buscar. Quando se faz um sermão sobre isso, o pregador normalmente se concentra nessa ovelha, na necessidade de evangelizar, de ganhar almas. Eu quero fazer o contrário: meu foco aqui é falar sobre as 99 ovelhas que ficaram.
No contexto, Jesus deixa claro que essas 99 representam “noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”, ou seja, os cristãos salvos, aqueles que fazem parte da Igreja. Essas 99 representam aquelas que vivem uma vida eclesiástica certinha, vão aos cultos, estão dentro dos conformes. Mas eu  fico pensando nas crises e nos problemas que elas têm. Nas ovelhas dentre essas 99 que sofrem de sarna, têm carrapatos, comeram capim ruim e estão com sor de estômago, sentem sede. Uma coisa que muitos não reparam nessa parábola é o local onde o pastor deixa essas 99 ovelhas: no deserto. Deserto é um lugar onde se morre de calor durante o dia e se congela de frio à noite. Cheio de escorpiões, cobras venenosas, escassez de água, tempestades de areia e outras dores. É um lugar horrível para se estar. Assim é o mundo em que vivemos.
Geralmente, ao ouvirmos essa parábola só lembramos da alegria pelo retorno da ovelha perdida, do jubilo que há no Céu por sua volta. Mas não pensamos no sofrimento das 99 que ficaram. Pois, depois que o pastor chegar com a centésima e se rejubilar com os amigos, vai juntá-lá ao rebanho. E as cem continuarão ali, no deserto, com todos esses problemas.
Sim, temos de evangelizar. Mas não basta ganhar almas e jogá-las para dentro do curral. Se não cuidarmos, escovarmos, alimentarmos, catarmos os carrapatos, ensinarmos sobre o perigo que é uma serpente venenosa e abandonarmos as ovelhas ao frio e ao calor insuportáveis, é capaz que elas fiquem tão infelizes que resolvam buscar uma vida melhor e paz em outros lugares. E quando você se dá conta, uma ficou e 99 foram embora, fugiram, saíram em busca de pastos diferentes.
Desde a minha conversão, muito ouço sobre “ganhar almas”. Já ouvi um pastor dizer “a missão da Igreja é ganhar almas”. Não é. A missão da Igreja, acima de tudo, é glorificar Deus. Logo em seguida, é fazer discípulos. Mateus 28 diz “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. Ou seja, não basta sair e evangelizar: é preciso discipular. Cuidar. Zelar. Educar. Fortalecer. Ensinar. Solidificar a fé demonstrada no dia da conversão.
Sempre que você for ler a Biblia, leia o que ela diz. Mas ouça o que ela não diz. A centésima ovelha é a protagonista da parábola. Só nunca se esqueça dos coadjuvantes, para que eles não venham a se tornar protagonistas.

Profissionais da fé!


Eu sugiro que você não leia este post. É sério. Não continue lendo, pois ele vai machucar seu coração. Ele é muito mais um desabafo de mim para mim aqui dentro do meu mosteiro virtual do que uma comunicação com alguém. E vou usar palavras pesadas, muito pesadas, pois não há palavras leves que exprimam o que vou dizer. O assunto de que vou tratar não tem nada de agradável, nao traz edificação direta, não vai trazer alento a sua alma. Na verdade, vou falar de uma abominação. Esta reflexão tem a ver com ganância, com impureza de alma: o uso de dinheiro sagrado para fins que não sejam a obra de Deus. É um assunto sórdido. Um tema que eu gostaria muito, muito, muito que não existisse, mas que infelizmente existe. Se você já leu a seção Por que esse blog existe? do APENAS sabe que eu criei este blog como modo de pôr para fora da minha mente coisas que me incomodam, que o criei para ser um mosteiro onde me fecharia e poria para fora pensamentos que envenenam minha alma. Então por favor não continue lendo, pode ser que um pouco desse veneno respingue em você. Siga por sua conta e risco, pois o que você lerá adiante não é nada bonito.
A verdade é que estou farto de ver pessoas que usam o Evangelho Santo e Sagrado de Jesus Cristo como desculpa para obter ganho financeiro. Muitas e muitas vezes ilícito, falemos a verdade. A Bíblia nos relata que Judas roubava do dinheiro que viabilizava a subsistência dos apóstolos e de Jesus: os séculos se passaram e hoje parece que, em vez de aprender com o que aconteceu com Judas, que terminou sua vida em desgraça, muitos repetem seu exemplo e continuam metendo a mão na bolsa onde está o dinheiro sagrado da obra de Deus. Os Judas, na verdade, se multiplicaram.
Evidentemente que, do mesmo modo que dos doze apenas um era bandido, hoje a maioria dos que atuam e trabalham em igrejas, em ministérios ou instituições religiosas são pessoas sérias, tementes a Deus, verdadeiras servas do Senhor, para quem dinheiro não é um fim em si mesmo, mas apenas um meio de viabilizar uma vida digna enquanto não chega a hora de partir para a eternidade. Que isso fique claro. Mas não é essa maioria santa que me incomoda, quem mexe com minhas entranhas são a minoria, aqueles calhordas que buscam atuar na obra de Deus para faturar. Palavras pesadas? Ainda dá tempo de parar de ler
este post, não foi falta de aviso, mas são palavras que definem exatamente o tipo de gente que estou descrevendo, não consigo achar outras que explicitem melhor aquilo que descrevem. Se lhe soar agressivo, por favor pare de ler agora, pois não quero ofender ninguém – é uma mera constatação. Mas essas pessoas são inimigas da Igreja que eu amo e, logo, são inimigas do Cristo que eu amo. E contra isso não há meias-palavras. Assim. serei incisivo e firme no que escreverei – ainda há tempo de ir ler um blog bonitinho que fala sobre coisas cor-de-rosa.
O que mais me enoja são aqueles que enxergam o sagrado ministério pastoral como um “emprego estável”. Esses dão-me ânsias de vômito. São indivíduos que veem no pastoreio um caminho fácil de ganhar a vida, que não estão verdadeiramente preocupados com as ovelhas machucadas do Senhor, que não buscam cuidar das feridas dos soldados da batalha: querem saber como lucrar com a guerra. Esses são abomináveis, pois transformam em emprego algo sacrossanto. Gente despreparada para cuidar até de um cachorro, mas que sobe a púlpitos dizendo estar cuidando do rebanho de Cristo. Hipócritas que fingem ter vocação e chamado pastoral para poder ter acesso livre a dizimos e ofertas e assim levar uma vida materialmente tranquila. É por causa de canalhas como esses que o nome da Igreja de Jesus Cristo foi tão enlameada nas últimas décadas.
E se você acha que estou falando apenas de igrejas neopentecostais que apregoam a satânica Teologia da Prosperidade, saiba que não são apenas os lideres dessas igrejas-empresas que fazem isso. Essa corja você encontra em todo tipo de igreja: tradicional, pentecostal, católica, emergente, igrejas nos lares, na internet… Os bandidos da fé estão em toda parte.
Mas não é só nos púlpitos, na TV e na internet que você os encontra. É aquele diácono que mete a mão na salva, o líder de jovens que surrupia dinheiro de campanhas feitas pela mocidade para arrecadar fundos com esse ou aquele propósito, o tesoureiro que manipula o balancete das igrejas para escorregar uma graninha pro bolso. Esses malignos profissionais da fé podem ser encontrados em qualquer departamento de qualquer modelo de igreja ou comunidade cristã. Judas está bem e vive entre nós.
Na área da música, então, nem se fala. Quantos não são os músicos, cantores, instrumentistas, letristas, produtores, gravadoras, marketeiros e bandos de outros profissionais envolvidos na teoricamente chamada área de “louvor e adoração” que louvam e adoram sim, mas Mamon. Que compõem, tocam e interpretam lindas canções mas de olho na bilheteria, no cachê, nos contratos das gravadoras, nas ofertas… Jesus? É só um tema de música. Um argumento. Uma mera desculpa. Alguém cujo nome rima com Cruz, a gente faz uma musiquinha e vamos faturar. Abominação.
A indústria fonógrafica fisgou de jeito os cristãos, que consomem avidamente CDs e DVDs de músicos que muitas vezes vivem vidas devassas. Mas que cantam tão lindo! São milhões de reais movimentados todos os anos, ao ponto de empresas seculares fecharem contrato com músicos ditos “evangélicos”, que, assim, começam a aparecer por força de cláusulas de contrato em programas como o do Faustão. E o povo de Deus acha que isso é um grande avanço do Evangelho!  Escute isso: não é! São apenas artistas fazendo propaganda de seus CDs e DVDs num programa mundano, tendo ao fundo bailarinas dançando seminuas ao som de músicas que usam o nome do Cordeiro de Deus, do Santo dos Santos. Mas essa divulgação vai gerar milhões de reais em vendas, divididos avidamente entre todos os envolvidos como urubus disputam carniça. E nós, crentes, claro, achamos isso sinal da benção de Deus. Um enorme avanco do Evangelho! Não é. Senão Xitãozinho e Xororó cantando meia hora no Faustão seria avanço de quê?! Acorda, minha gente, é só business e nada mais! Claro, usando o Sagrado nome de Jesus. Abominável.
Sem falar dos políticos, que usam aquele ridículo slogan “irmão vota em irmão” para angariar votos. Seria leviano dizer que todo político é ladrão. Não serei leviano. Há homens sérios que ingressam na vida político-partidária com o real intento de ajudar a sociedade. Mas se você consegue acompanhar o desempenho da maioria dos nossos “irmãos” nas instâncias do poder verá que há muita imundície nas chamadas “bancadas evangélicas”. Irmão vota em irmão? Ok. Mas primeiro prove que você é meu irmão. Gere frutos dignos. Não aceite propina. Não faça negociatas. Não entre em esquemas de desvio de dinheiro. Aí sim quem sabe o cidadão Mauricio Zágari vai votar no cidadão probo e ilibado que você é e que por acaso frequenta uma igreja. E não porque você usa o discurso anticasamento gay como bandeira de campanha ou porque diz que é membro de uma igreja. Igrejas estão cheias de joio e a sua carteirinha de membro não me diz absolutamente nada. Seus atos dizem.
Cansei. Cansei de ver alpinistas sociais usando o nome de Cristo para ganhar uma grana. Isso é usar o nome de Deus em vão e vai contra os mandamentos. É pecado e é blasfêmia. O trabalhador é digno do seu salário e é justo que aqueles que labutam com seriedade na obra de Deus recebam uma remuneração digna por isso. A Igreja (como um todo, desde aqueles que se reúnem em lares até os que celebram em catedrais) vive num mundo material e precisa de dinheiro para manter-se. Jesus precisou, tanto que Judas carregava uma bolsa com o dinheiro que mantinha os doze apóstolos e o Mestre em seu ministério. Um pastor de tempo integral precisa de dinheiro para pagar a escola de seus filhos. Um editor de livros cristãos precisa de dinheiro para pagar o almoço. A faxineira que varre o chão da sala ao final de um culto num lar precisa pagar suas contas de gás e luz. Não há mal algum nisso e é bíblico que quem viva para a obra viva da obra. Leia o que Paulo escreveu. É para isso que servem os tão malfalados – porém totalmente bíblicos – dízimos e ofertas: manter uma estrutura material que tenha condições de propagar as Boas-Novas espirituais do Evangelho.
Deus deu aos homens a atribuição de proclamar Sua Palavra, embora a Biblia diga que era algo que os anjos anelavam fazer. Mas coube ao homem essa tarefa. E homens precisam comer, se vestir, ir ao médico, pagar o ônibus. Por isso necessitam do vil metal: mesmo os que dedicam suas vidas à obra de Deus. Em nenhum lugar da Biblia você vê quem quer que seja dizer que é preciso virar um mendigo para pregar Jesus. Ou viver comendo mel com gafanhotos.  Então é licito e bíblico quem se devota 24 horas por dia à causa do Evangelho ser dignamente remunerado por isso.
Mas a grande diferença está em um coisa chamada MOTIVAÇAO.
E é daqueles que são motivados não por Cristo, mas pelas benesses proporcionadas pelo dinheiro que vem do Evangelho que estou com a paciência esgotada. Aquela trupe de sanguessugas que fazem contrabando de dinheiro dentro de bíblias e cuecas para comprar mansões em Miami. A corja que articula e manipula seus superiores para ser ordenada pastor e assim ter um “emprego estável”. A canalha que sobe em púlpitos para vender o máximo possível de seus livros, DVDs ou CDs. Os calhordas que só “louvam a Deus” mediante um cachê vergonhosamente elevado ou a obrigação de que o pastor local adquira tantos de seus CDs. O político apóstata, eleito com slogans biblicos, que faz conluios para levar propinas saídas do dinheiro público. O vendedor de CDs evangélicos piratas. O empresário travestido de pastor que engana os humildes inventando “unções financeiras”. E por aí vai.
Meu consolo é que o juízo virá. E a coisa vai ficar feia para o lado daqueles que amaram mais as riquezas que a Deus. Pior: aqueles que  usaram o nome de Deus para adquirir riquezas.
Peço perdão. Peço perdão a você por minhas palavras duras. Você que acompanha o APENAS sabe que não costumo ser assim. Mas esse assunto me tira do sério e preciso pôr para fora aquilo que esmaga meu coração como uma bigorna. Não quis ofender ninguém. Mas uma consciência tranquila não se ofende com acusações que não lhe ferem. Se você se sentiu mal por eu ter chamado os supostos “cristãos” que usam o nome do Senhor como um meio de faturar de canalhas, calhordas, corja, abomináveis, sórdidos, gananciosos, bandidos e sanguessugas… conforme-se, lamento. Pois desgraçadamente é isso mesmo o que eles são. Não respeitam a santidade absoluta do Rei dos Reis e roubam ou armam para levar um a  mais do dinheiro doado por pessoas sinceras para ser usado em prol do Reino. E isso entala na minha goela, pois é o que há de mais sujo. Pegam dinheiro abençoado e transformam em dinheiro imundo.
Ainda há tempo de mudar de atitude. Se você tem metido a mão na bolsa, arrependa-se agora. Não hoje: agora. Caia de joelhos e clame o perdão de Deus. É impossível servir a Deus e a Mamon. Impossível. Ou seu tesouro está no Céu ou no cofre do banco. Se você tem sido servo dos cifrões, ainda há tempo de dobrar seus joelhos ante o Nazareno e entender que nu você morrerá. E se você tem feito qualquer coisa em nome de Jesus – eu disse qual-quer coi-sa – tendo em vista não o Reino de Deus e sua justiça mas sim seu lucro pessoal… eu choro por você. Por saber que na frente só lhe resta uma interjeição: “ai”.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Festival Promessas e a guerra de opiniões


Eu tinha feito um promessa a mim mesmo  de que não falaria nada sobre o tal Festival Promessas aqui no APENAS, pois não quero que este vire mais um blog voltado a polêmicas. Fujo disso. Queria tratar de assuntos realmente sérios e não de uma coisa tão irrelevante para o Reino de Deus como o show que foi exibido na emissora que mais promove o espiritismo, o mal uso da sexualidade, a desagregação familiar e outras práticas e ideologias com que os cristãos que seguem a Bíblia não concordam. Mas me rendi: estou quebrando minha promessa devido à avalanche de irmãos que me mandaram comentários pelo blog e posts pelo twitter cobrando minha posição. Só que, ao contrário do que a maioria dos tweets e dos blogs já abordou à exaustão (creio que tudo o que tinha de ser dito sobre o assunto já foi dito por gente muito séria, que conhece as Escrituras, tem senso crítico e visão, como @renatovargens  @Bp_Walter @augustuslopes e @pulpitocristao), não quero discutir aqui o que esse evento representou, explicar por que ele não significa nada par o Evangelho ou o quê. A inutilidade desse show para o Reino de Deus já está mais do que clara.
O que quero refletir hoje é sobre a desunião e a polarização que houve entre o povo de  Deus no que tange a esse evento. Pois me impressionou como nas redes sociais a coisa provocou uma guerra feia de opiniões entre cristãos pró e contra. Feia mesmo. Quem acompanhou domingo a web e as conversas entre cristãos sobre o assunto se espantou (assim como eu me espantei) com o festival de grosserias, ofensas, fogo cruzado de versículos contra versículos e desrespeito para com o próximo por causa de opiniões conflitantes. Foi vergonhoso. Tendo sido o evento válido ou inválido, o show de  anticristianismo nos bate-bocas via internet entre “cristãos” favoráveis e desfavoráveis deu a tônica do domingo (e continuou na 2a feira). Triste é que isso nada mais é que um reflexo de como a Igreja evangélica no Brasil se encontra atualmente: desmembrada, desunida, em ruínas, vendida, esquartejada, ignorante e festiva. E sobre isso me interessa falar.
Pois a verdade é que todo mundo tem uma opinião para tudo. E, nao se  ofenda, por favor, mas pouquíssimas vezes essas opiniões são embasadas biblicamente e teologicamente. Regra geral, é mero achismo. E isso não é um achismo meu: é uma constatação. Não se analisam os bastidores, as entrelinhas, a História. Nada. É um mero exercício de opiniões – umas sábias, de pessoas coerentes; outras esdrúxulas, irrefletidas e agressivas de cidadãos que… deixa pra lá.
Pois bem, vamos lá. A Rede Globo inventou um programa “gospel” para abocanhar uma fatia dos R$ 2 bilhões de reais que o mercado evangélico movimenta anualmente no país. Isso é fato notório e negar isso seria de uma alienação atroz. Dinheiro é a única motivação da Globo para esse evento, bem como dos pastores que durante toda a vida malharam a Globo e no entanto vergonhosamente fizeram anúncio de seus produtos nos intervalos. Pois o mercado gospel interessa: a pirataria é menor entre os evangélicos, o mercado dá bem mais dinheiro e por isso a gravadora da Globo, a Som Livre, assinou contrato com diversos cantores e grupos que se dizem evangélicos – e a máquina do marketing começou a funcionar: apresentações no Faustão, spots na programação da emissora e tudo mais o que um pop star contratado pela empresa tem direito. (Se você quiser saber mais sobre a cooptaçao de grupos e cantores “gospel” pelo mercado secular pode ler na reportagem que fiz alguns meses atrás para a revista Cristianismo Hoje pelo link  http://migre.me/7dCYL  ).
O não inventado à toa Festival Promessas foi ao ar como o ponto alto, até o momento, dessas estratégias de marketing. O evento em si foi um fiasco, só deu 10% do público esperado, comercialmente só não fracassou totalmente porque a Prefeitura do Rio injetou R$ 2,9 milhões e,  por essa razão, dificilmente será repetido. Mas não se iluda: o  mercado evangélico (você, querido, querida que me lê) dá muuuuuuito dinheiro e já já eles vão inventar outra novidade para abocanhar seu dinheiro. Não ache que vão largar o osso fácil assim não.
Eu trabalhei 11 anos nas organizações Globo, sendo 2 no jornal e 9 na TV, conheço perfeitamente bem como funciona a mentalidade lá dentro (onde o deus único e soberano chama-se Mamon e seu profeta é o “índice de audiência”) e posso falar com muita propriedade: tudo isso só teve uma única motivação: meter a mão na sua carteira. Só. Isso é fato. Quem crê que “Deus tocou no coração de algum executivo da empresa” para que o Festival Promessas ocorresse e “Deus fosse proclamado e glorificado” é vítima de uma ignorância quase esquizofrênica.
Mas esse evento em nada evangelístico breve vai cair no esquecimento, o dinheiro que a Globo ganhou com ele vai ajudar a financiar algo como um programa onde quem beija mais na boca ganha prêmios ou um reality show que incentive o adultério – apresentado por um ex-BBB – e os artistas gospel vão usar a grana que faturaram com o show pra comprar qualquer coisa em Miami… e acabou. Daqui a um ano ninguém vai nem se lembrar dele. Mas a desunião do Corpo de Cristo demonstrada nesse episódio permanecerá – e sobre isso sim me interessa refletir.
Mas, feita a introdução, vamo ao que interessa. Alguns pontos que as reações ao Festival Promessas (até agora não entendi o porquê desse nome, se alguém puder explicar a lógica disso eu agradeço) deixou claros sobre a igreja evangélica brasileira da atualidade são:
1. Argumentos sem base: Enquanto há cristãos que sabem interpretar a Bíblia do modo teologicamente correto, os argumentos que muitos evangélicos usam para defender seus pontos de vista são extremamente emocionais e/ou superficiais. Por exemplo: para tomar as dores do evento no twitter, um dos versículos mais citados pelos seus defensores foi Filipenses 1.18 (“Todavia. que importa? Uma vez que Cristo, de  qualquer modo, está sendo pregado, quer por pretexto, quer por  verdade, também com isto me regozijo, sim, sempre me regozijarei“).
Com toda propriedade, o Pastor professor de Bíblia e Hermenêutica Reverendo Augustus Nicodemus Lopes (foto), chanceler do Instituto Mackenzie, fez uma breve explanação hermenêutica do versículo em quatro tweets, que aqui reproduzo: “Paulo se referia aos judeus incrédulos que o estavam acusando nos tribunais romanos, quando ele estava preso em Filipos. Ao acusar Paulo, eles tinham de dizer q Paulo estava pregando q Cristo morreu, ressuscitou e q era o Senhor acima de César. Eles falavam isto para condenar Paulo, mas involuntariamente estavam pregando o Evangelho. É nisto q Paulo se alegrava. Portanto, ñ creio q se possa usar este texto para defender que os crentes podem usar qualquer meio p pregar o Evangelho“. Brilhante.
Mesmo assim, ignorando as normas racionais e consagradas de interpretação bíblica, houve quem atropelasse a boa teologia e respondesse de forma, digamos, emocional: “Pra mim, o texto em si já é bem claro. Mas é lógico que não faltarão “exegeses inspiradas” (sic) do versículo em questão! Sempre. Graças a Deus, que para o Senhor falar conosco, ele não precisa que sejamos chanceleres do Mackenzie, né?“, discordou um irmão por quem tenho muito apreço por sua seriedade com as coisas de Deus, faço questão de ressaltar, um dos que mais respeito no twitter. Mas que nessa pisou feio na bola (desculpe, queridão).
E, como esse exemplo, houve incontáveis. Ou seja, nós, evangélicos,  conscientemente ou não, ainda abraçamos a ideia mística de que para interpretar a Bíblia devemos esperar um raio do Céu, uma revelação do Espirito Santo dada a cada um, e não seguir pelo caminho que os Bereanos, os reformadores e os grandes teólogos sempre trilharam: uma delicada e detalhada análise das Escrituras baseada em normas consagradas e sistematizadas há séculos. A esse respeito, para quem quiser viver um Cristianismo sem misticismos e revelaiadas, sugiro a leitura de dois livros excelentes: Crer é também pensar, de John Stott, e Entendes o que lês?, de Gordon Fee e Douglas Stuart. Lembrando que grandes heresias da História sempre vieram de “revelações diretas de Deus”.
2. Agressividade: Muitos cristãos são extremamente agressivos. Para defender um evento que deveria em tese celebrar o manso e humilde Cordeiro de Deus, usam com quem discorda de si uma agressividade nos bate-bocas digna de fãs de Ultimate Fighting (UFC): distribuem suas opiniões como os gladiadores dessa modalidade de luta bestial, dando socos, murros e pontapés verbais. São verborrágicos, ofensivos, mundanos. Do lado de fora do ringue dos argumentos, esquecem completamente num canto obscuro: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, mansidão e domínio próprio (o fruto do Espirito de Gálatas 5.22,23). Não importa se ofendem ou agridem irmãos em Cristo, importa defender seu ponto de vista. “Não importa a verdade, importa a MINHA verdade e se discordar te pego la fora!” parece ser a tônica das discussões. É a síndrome do telepastor dos programas de TV de sábado de manhã: e daí se sou uma megera verborrágica falando e atacando meus irmãos na fé? Importa que eu fale. E venda, claro.
3. Inutilidade dos grandes eventos: Parte dos cristãos crê que qualquer aglomeração ou exposição na midia “em nome de Jesus” é uma grande conquista do Evangelho. Por outro lado, há os mais críticos e sagazes, que percebem que Marchas para Jesus e festivais como esses não promovem Jesus em nada: são apenas manifestações de poder denominacional, uma forma de ganhar dinheiro e, no fundo, uma boa desculpa. Temos então os crentes crédulos em tudo o que carregue o nome “Jesus” e os que compreendem que grandes eventos não fazem a mínima diferença na proclamação do Evangelho. Que evangelismo eficaz se faz no exemplo pessoal, no corpo a corpo, na pregação de pé de ouvido e não em estruturas megalômanas em que Jesus é um coadjuvante, ofuscado e escondido pelas luzes dos holofotes e pelos decibeis das caixas de som.
4. Discernimento: Os cristãos em grande parte perderam o senso critico. No que tange ao discernimento, há três grupos: de um lado, há uma parcela da igreja sem absolutamente nenhum. Que aceita qualquer novidade que a indústria gospel ou o pastor da moda empurra pra cima de si e acha o máximo. E isso inclui qualquer troço vendido “em nome de Jesus”: festivais, músicas, artistas, pregadores charmosinhos, teologias antibíblicas, igrejas da moda, modos de proceder, produtos, unções de 900 reais, ideias… Basta o artista do qual ele é fã ou o pastor que ele idolatra dizer algo que vira lei. Não há exame das Escrituras, não há debates, não há reflexões: se o ídolo gospel falou, tá falado! Que os anjos digam amém.
O segundo grupo, que se contrapõe a esses crédulos festivos, é o de piedosos, aqueles que sentam em um canto, queixo apoiado na mão, respiram fundo, a cabeça balançando, sem forças, energia ou paciência para tentar argumentar com os do primeiro grupo. Pegam suas bíblias, oram e clamam a Deus para que os olhos dos tais sejam abertos, vivendo sua vida devocional sem se misturar com as polêmicas e as bobajadas gospel.
E há o terceiro grupo, de cristãos devotos, críticos e entristecidos com a Babel que a igreja evangélica visível se tornou no Brasil e que tentam desesperadamente fazer algo para mostrar aos crédulos que Jeus não é Genésio: fazem isso no twitter e em blogs, mas principalmente nos púlpitos: legiões de bons pastores e cristãos anônimos que fazem seu trabalho de formiguinha na proclamação do autêntico Evangelho de Jesus Cristo e no combate aos exageros e absurdos praticados “em nome de Jesus”
5. A ilusão da igualdade: Existe uma ilusão proporcionada pelas redes sociais de que todas as opiniões têm o mesmo peso. E isso simplesmente não é verdade. Nesse cybermundo democrático em que convivemos, parece falsamente que a opinião de qualquer pessoa que nunca leu a Bíblia tem o mesmo peso (sendo que não tem) de irmãos que estudaram a Palavra, se dedicaram anos a fio a leituras, estudos e seminários e sabem que Habacuque e Albuquerque são coisas diferentes. Mas nessa cultura de Big Brother Brasil – onde um iletrado ignorante que nunca pegou um livro mas ficou famoso porque participou de um reality show – senta-se à mesma mesa que um sociólogo ou um antropólogo em programas de debates na TV (como se a opinião de todos valesse a mesma coisa), é natural que essa tendência invada o universo gospel, onde se imita tudo o que o mundo faz.
E aí nós vemos nas redes sociais argumentos inacreditáveis – sendo levantados por molecotes pós-adolescentes que mal sabem a diferença de Roboão para Jeroboão – para combater teólogos e sacerdotes que há 30, 40 ou 50 anos estudam a Palavra de Deus e dedicam suas vidas ao ministério – como se estivessem no mesmo nível. Mas o desnível chega a ser tão exacerbado que às vezes dá vontade de rir até do que é escrito por certos indivíduos. Pra não chorar.
Qual o resultado disso? A igreja evangélica visível está perdendo o respeito pelos que detém o conhecimento. E não despreze o conhecimento: quando você está doente procura alguém que tem uma opinião sobre a sua doença ou alguém que tenha estudado anos e detém conhecimento para curá-la? A resposta é óbvia. Apesar disso, neófitos passam a desprezar os mais experientes, vividos, sábios e detentores de conhecimento bíblico e teológico porque petulantemente se enxergam no mesmo patamar. Isso não é desprezar os menos conhecedores nem considerá-los inferiores ou piores, é apenas constatar o óbvio: quem sabe mais sabe mais. Quem tem mais estrada sabe onde estão os buracos e as curvas perigosas. Achar que todos são iguais em suas opiniões é mera ignorância. Não posso achar que a opinião de Pelé sobre como jogar futebol valha menos que a de um menino que está no dente-de-leite do Santos. Ou que a opinião de um jovem que toca violino há seis meses tem mais substância que a de Itzhak Pearlman sobre formas de se tocar o instrumento.
6. Maquiavelismo: Nós, cristãos, achamos que em nome de “ganhar almas” vale tudo. “Nem gosto daquele estilo musical mas acredito que Deus tenha podido salvar alguma miserável alma que viu o programa“, justificou um irmão no twitter. O grupo de cristãos que crê nisso nem se dá conta de que está usando um argumento maquiavélico, literalmente. Pois foi o filósofo e escritor Nicolau Maquiavel (pintura) quem criou a máxima “o fim justifica os meios” – ou seja: não importa o que você tenha que fazer para alcançar um alvo, se é pra chegar lá tudo está valendo.
Por outro lado, vemos os grupos de cristãos que percebem que dentro da ética cristã não há espaço para esse tipo de pensamento. E isso gerou comentários no twitter como “Hoje a Rede Globo patrocinou mais um passo na secularização da igreja evangélica no Brasil. E os anjos choram“. Ou ainda: “Quem celebra esta incursão da Rede Globo no mercado evangélico não compreende o quanto fomos vendidos com este ato hediondo” – comentários vindos de um respeitado lider eclesiástico.
Curiosamente, o argumento de que “vale tudo para salvar almas” é o mesmo que leva muitos de nós a fechar os olhos para a macumba gospel que acontece em muitas igrejas neopentecostais, como o uso de rosas ungidas, sal grosso, copos de água, óleo santo de Israel, campanhas de sei lá quantos pastores no Monte Sinai e abominações parecidas. “Ah, tudo bem, pelo menos almas estão sendo ganhas”, é o argumento que já ouvi milhões de vezes. Só é bom lembrar que, se em Marcos 16 Jesus diz “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas“, em Mateus 28 ele dá a versão completa da Grande Comissão: não importa só ganhar almas, importa fazer discípulos: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos“. E discípulos são cristãos bem ensinados, treinados na sã doutrina, praticantes do Cristianismo puro e simples. E não corpos que são arremessados para dentro de igrejas, passam a frequentar cultos e a praticar as maiores atrocidades antibíblicas. Pois aí, lamento informar, essa alma não foi ganha para Jesus: foi cooptada para uma igreja. E só.
Conclusão
O Festival Promessas foi apenas uma jogada de marketing comercial da Rede Globo e da Som Livre para faturar dinheiro dos cristãos. Quase todos ganharam com isso: a emissora, o pastor-empresário que antes a malhava mas anunciou seus produtinhos nos intervalos, os artistas que participaram do evento. Rolou dinheiro para todos. Bem, para você não, em especial se é carioca, pois foi do seu imposto que a Prefeitura desembolsou o capital para ajudar a organizar o evento. E também não ganhou nada o Reino de Deus, pois nada do que houve ali foi evangelístico, não ouvi até agora nenhuma história de conversão advinda de alguém ter assistido ao show e a única consequência visível foi o quebra-pau entre os irmãos em Cristo pelas mídias sociais.
Apenas mais uma entre tantas provas de que a igreja evangélica visível no Brasil anda mal das pernas, sem devocionalidade, sem amor, mundana, doente, falida, precisando urgentemente de um milagre de Deus para ser restaurada.
Que a Rede Globo promove valores anticristãos nunca foi novidade. Sexo livre, familias destruídas, baixarias, críticas a pastores, evangélicos sendo apresentados em novelas de forma caricata e depreciativa, exaltação da nudez…enfim, nada de bom em termos bíblicos sai da emissora. E, ao promover um show “gospel” que foi um fiasco de público, o que conseguiu fazer foi dividir ainda mais a igreja evangélica visível. Deflagrou uma guerra verbal e de ofensas, agressões, soberba e petulância. O que há de bom nisso? Responda você.
Aí eu me lembro de 1 Coríntios 12.24-27, que diz “Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta, a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros. Quando um membro sofre, todos os outros sofrem com ele; quando um membro é honrado, todos os outros se alegram com ele. Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo“. Percebo, então, que esse Festival não serviu de absolutamente nada para glorificar Deus, só trouxe desunião e esquartejou ainda mais o Corpo de Cristo, que já anda tão dividido.
E dividir a Igreja é aquilo que o diabo mais quer.
Paz a todos vocês que estão em Cristo.
Fonte: Blog Apenas1